Ô, droga de inspiração!

Que vai, que vai, que não volta, que vai, que vai, que não volta, que vai... estranho, minha inspiração sempre foi minha amiga de infância e dos momentos mais oportunos, mas a encontro sempre no ônibus lotado, com o fone de ouvido e falando bobagens em meu ouvido. Eu já vejo velhas bobagens o dia inteiro... Chega de falar bobagens!
A inspiração virou uma amiga inoportuna nos momentos inoportunos e lugares inoportunos. Fui traída por ela.
Ô, droga de inspiração! Vê se volta! Estou ficando meia entontecida e frustrada sem a sua presença, sem sentir o calor das suas palavras, sem você ao meu lado é tudo... sei lá, meio negro, fazendo companhia nos meus momentos sólidos de solidão. És o amor da minha vida... então, por que partistes?
Ô, droga de inspiração! Partiu com Bukowski? Com Camões? É um inexistente de minha mente como Alberto Caeiro?
Ô, droga!