Estava conversando com a Evelin sobre blogs e ela falava que todas as vezes que ela escrevia no blog, era porque estava muito triste. Acho que os melhores escritos meus são das minhas piores fases, mas eles sempre são descartados...
Ainda não entendo porque um amor entra em crise... Um dia descubro...
Por falar em Evelin, vou postar um poema dela que eu adoro. Essa menina já conseguiu trocar poema por chocolate, como Fernando Pessoa fazia mas com almoços... Para mim, é uma das melhores poetas que conheço pessoalmente, mas a Evelin é como Byron: tá nem aí para o seu talento. Vaquinha! Amo essa doida!
Pensando agora... cada um de nós... esquece! Não vou pensar muito não...
***
Me tortura e me incomoda com sua verdade doente,
Pertuba minha insanidade, meus delírios crescentes.
Me faz esquecer como ele sorria.
Os tapetes da sala são um reflexo incoerente da minha confusão
Fazendo seus desenhos traços, viajo e esqueço o tempo
Fazendo de mim mais um desocupado, um mal exemplo.
Serei então o príncipe do que se chama ilusão...
Invadirei, enfim, o castelo da liberdade
Trancado em suas masmorras os levianos,
Queimando em praça pública as poesias que escrevemos durante anos!
Em minha bandeira, contradição e (quem diria?) crueldade
...
Um pouco de solidão para lembrar de seus olhos castanhos.
Um pouco de silêncio para saber o que não sei nada.
E quebro o vidro para lembrar que todo o delírio acaba,
E tenho certeza que os meus são mais estranhos...
E a mão sangra, mas o corte é tão pequeno...
Dor. Nenhuma. O paraíso é anestésico nessas horas sem sentido.
O pensamento está preso nele. E no zumbido imbecil desse mosquito
Que parece tentar dizer que é o dono desse terreno.
Evelin Lima Vedder (sua assinatura é assim por gostar muito, mas muito mesmo do "tio" Eddie Vedder)
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