Meu trevo-de-quatro-folhas morreu por ser uma planta semi-aquática. Molhei, molhei, molhei e mesmo assim ele se foi... Mas a pequena flor de maio está lá firme e forte. Acho essa flor maravilhosa.
Agora é época de nêspera e mal posso esperar para saborear a frutinha doce e azedinha, mas com esse tempo seco, estão crescendo devagar e sem força.
A empresa está parada. Resolvi fazer um trabalho em cuidar das árvores secas. Me senti aliviada ao sentir o cheiro da terra... Molhei até o topo das árvores e um pouco a mim mesma. Via um pequeno arco-íris surgir na mangueira. O cheiro do limão subiu. Os pássaros cantaram mais alto (acho que molhei um deles e acredito que adorou essa brincadeira). Terminei meu serviço, guardei a mangueira e fui ao trabalho. Meu patrão disse "elas agradecem" à mim mas sem tirar a cara da tela do computador. Esperei uma outra reação... ele apenas olhava pr'aquela tela. Mas, tudo bem, meu trabalho estava feito.
Como é deprimente trabalhar com máquinas! Elas são comandadas por uma mente humana e elas apenas obedecem. Às vezes travam. Às vezes. As máquinas são super bem tratadas, avaliadas, sempre passa o tal anti-vírus, sempre são em primeiro lugar. Eu fico com as plantas, com a natureza... acho que meu serviço não é máquinas...
Mas, tudo bem, as máquinas são aturáveis... eu agüento, enquanto eu vigio a natureza pela janela a dentro...
2 comentários:
Escreveu super bem!!!
Ler o que você escreveu, foi como se eu estivesse regando a plantinha, sentindo o cheiro de limão...totalmente sensorial...
mas me lembrou de onde eu morava...
ai, como eu queria estar fazendo tudo aquilo que gosto...
mas tem as contas, fazer o quê???
Bjsssssss....
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